Você já deve ter ouvido falar de diversos tipos de seguro, não é!? Existem planos para automóveis, residências, acidentes pessoais, odontológico, vida e muitos outros, mas hoje queremos contar como a prática de proteger nossos patrimônios através dele surgiu.
Em primeiro lugar, é importante saber o que a palavra seguro quer dizer. Ela vem do latim “secūrus” e diz respeito ao que é certo; que não existe dúvida. Sinônimo de segurança, o termo busca o aumento da certeza e a diminuição de riscos e essa é a função básica dos planos desde o seu nascimento, há centenas de séculos.
A história dos seguros
Os primeiros registros sobre a prática datam da China antiga, do Império Romano e até mesmo da Babilônia, períodos anteriores a Cristo. O comércio começava a se desenvolver e rotas comerciais cada vez mais longas surgiam para estabelecer a troca de mercadorias entre os povos.
Na época da Babilônia, por exemplo, as caravanas atravessavam os desertos do oriente para comercializar camelos, durante a viagem alguns animais acabavam morrendo, com isso, os cameleiros firmaram um acordo no qual pagariam para substituir o camelo de quem o perdesse.
No decorrer dos anos e com a expansão das grandes navegações, foi criado o Contrato de Risco Marítimo, de modo a financiar as operações. Nesta situação, quem assegurava financeiramente teria uma maior participação nos lucros caso houvesse sucesso, já em caso de perdas ou acidentes, a dívida poderia ser perdoada.
A partir dos anos de 1500, o desenvolvimento do comércio através do mar alcançou os pequenos comerciantes e tornou indispensável a criação de mecanismos de proteção das mercadorias. Cria-se, então, o Contrato de Seguro Marítimo, onde um segurador especializado passa a assumir o risco das operações mediante o recebimento de um valor.
No século seguinte nasce a Lloyd’s of London, uma espécie de bolsa de seguros que expande a cobertura para praticamente qualquer item. É durante a Revolução Industrial, na segunda metade dos anos de 1800, que o seguro ganha status de atividade econômica relevante.
Seguros em Portugal e no Brasil
No país europeu criou-se em 1648 a Casa dos Seguros, local onde todos os contratos deveriam ser registrados, caso contrário poderiam ser considerados nulos. Já em 1791, passa a ser permitida a criação de companhias privadas de seguros.
No Brasil, a vida da família real, em 1808, promove a abertura de portos e o surgimento da primeira seguradora, a Companhia de Seguros Boa-Fé. Nesta época, a regulamentação seguia as leis portuguesas. Ocorre que, com a expansão do setor, os itens segurados também foram ampliados e a partir de 1855 cria-se o seguro de vida.
Em 1862 operadoras estrangeiras começaram a chegar ao país. Estas companhias enviavam os valores recebidos para o exterior, prática que foi classificada como evasão de divisas. Sendo assim, o governo estabeleceu em 1895 legislação para garantir que parte dos recursos ficasse no Brasil para cobrir os riscos assumidos.
Em 1901, criou-se a Superintendência Geral de Seguros, sob a administração do Ministério da Fazenda, para fiscalizar a atividade em todo o território nacional. Já em 1966 é criado o SUSEP, Superintendência de Seguros Privados, funcionando como um órgão fiscalizador e defensor, pela primeira vez, dos contratantes de seguros.
Por fim, em 1968, o crescimento econômico leva à formação da Fenacor, a Fundação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros.
De acordo com a instituição, o objetivo é representar os sindicatos regionais, proteger e defender os interesses da categoria econômica que ela representa e colaborar com os poderes públicos no estudo e na solução dos problemas relacionados à categoria.
Você sabia que a origem dos seguros era tão interessante?
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